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No último encontro, em dezembro de 2019, o BC havia reduzido a taxa Selic de 5% para 4,5% ao ano. Essa sequência de reduções na taxa Selic começou desde julho do ano passado (2019).
No início de fevereiro deste ano, o Banco Central anunciou o corte de 0,25 pontos percentuais, e essa foi a quinta revisão consecutiva na taxa básica de juros. Em comunicado, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa de 4,5% para 4,25% ao ano, em junho, a taxa caiu novamente para 2,25% ao ano, e agora em agosto, pela terceira vez, a taxa caiu para 2,00% ao ano.
Esta é a nona redução seguida na selic, que renova as mínimas históricas desde dezembro de 2017. A taxa Selic é usada como referência para todas as outras taxas de juros do mercado brasileiro e serve como instrumento de política monetária para controlar a inflação e estimular o consumo. Se ela estiver alta, os juros ficam mais caros e isso desestimula o consumidor a comprar. Já com a taxa mais baixa, o crédito fica mais barato e o consumidor fica estimulado a comprar. Resultado: mercado aquecido.
Segundo o comitê, os próximos passos continuarão dependendo da evolução das atividades econômicas, do balanço de riscos e das projeções e expectativas para a inflação.
Com a redução da Selic, a tendência é que os empréstimos fiquem mais baratos e que as empresas e as pessoas tomem crédito para produzir e consumir. Essa foi uma das formas que o BC está utilizando para estimular a economia e o país saia mais rápido da crise do coronavírus.
Os juros são usados pelo Banco Central como uma ferramenta para tentar controlar a inflação. Resumindo, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. Então, dadas as condições, este é o melhor momento para comprar um imóvel!
As quedas nas taxas básicas de juros está entre os motivos que explicam o fato de o mercado imobiliário ter se mantido relativamente aquecido durante a pandemia.
JUROS NEGATIVOS
Os países da América Latina entraram recentemente no terreno dos juros reais negativos. É um efeito colateral de políticas que tentaram frear os estragos econômicos trazidos pela Covid-19.
Atualmente, o Brasil está entre os países com a maior taxa de juro real negativa. O juro real do país estava em -0,40% ao ano, considerando a taxa básica de 2,25% ano vigente até quarta-feira(5).
O juros reais negativos fazem parte de um movimento internacional de corte nas taxas básicas de vários países diante de um cenário de fraco crescimento e inflação baixa, algo que já se via, mesmo antes da pandemia.
E como ficam os investimentos? Com a taxa Selic a 2% ao ano, produtos com retornos indexados ao CDI passam a render cada vez menos, assim como a poupança.